Sou paraense de nascimento e mineira por paixão. Professora por saber que educar pode sim mudar o mundo. Mulher, lésbica e militante de causas sociais e LGBTQIAP+. São muitas Saras em uma só e todas elas têm a mesma vontade: lutar por uma sociedade mais justa e diversa.

Cheguei em Belo Horizonte com 24 anos, em 2010, trazendo um mundo de sonhos para realizar. Nunca havia pousado aqui, mas me encontrei novamente nessa cidade que amo e reaprendi como deve ser a vida.

Já havia conhecido o PSOL antes de chegar aqui. Além de me filiar, me descobri, reconheci minha sexualidade e compreendi meu corpo. Neste mesmo ano conheci várias pessoas, parceiros de uma vida.

Já apaixonada pela cidade, trabalhei como professora nos morros e aglomerados. Ao mesmo tempo, também trabalhei como operadora de telemarketing. Na política, vivenciei o nascer de diversos movimentos, especialmente o Juntos, do qual tenho muito orgulho de ter sido fundadora.
Senti cheiros, vi gente, vivi a cidade desde o primeiro momento. Andei em marcha por quilômetros. Bombas, gás, o medo, a coragem – era junho de 2013, muita luta. Entendi meu papel e não vacilei.

Fui eleita do PSOL MG. No ano seguinte fui candidata a deputada federal e fiz parte da campanha mais linda que vivi, com Luciana Genro presidente. Em 2015, estive presente em greve de professores, manifestações, reuniões, palestras e debates, sempre atuando ao lado dos trabalhadores. Participei efetivamente da construção do Emancipa, movimento social brasileiro de Educação Popular, em Belo Horizonte.

Também em 2015, fui eleita presidenta do PSOL de Minas Gerais, sendo a primeira mulher a exercer essa função. Logo depois ocupei a vice-presidência do PSOL Belo Horizonte. Dois momentos que significam muito para mim, em termos de aprendizado e vivência política.
Em 2018, fui candidata a co-governadora, ciente de que tenho muito para contribuir para essa cidade e o Estado. Conheci melhor Minas Gerais, conversei com pessoas de várias cidades mineiras, entendi os problemas de cada um desses lugares e reafirmei com isso a minha luta por justiça social.

E tudo isso começou lá atrás, ainda em Belém, aos 18 anos. Já no primeiro semestre da licenciatura plena em Educação Física, na Universidade do Estado do Pará, fui eleita coordenadora do Centro Acadêmico do curso. Nos três anos seguintes, participei ativamente do MEEF (Movimento Estudantil de Educação Física) e até o final da graduação, participei da gestão do DCE UEPA (Diretório Central dos Estudantes da Universidade do Estado do Pará).

O desejo de mudança é o mesmo? Não. Hoje é muito mais forte!

Além de seguir como professora da rede pública estadual com paixão renovada, luto por acesso à educação e democracia no esporte junto à Rede Emancipa. E não me canso de fazer valer o direito à cidadania LGBTIQ junto com as querides da Frente Autônoma LGBTIQ de Belo Horizonte.

E hoje, te convido a vir comigo para construir uma renovação política efetiva!