Nota de Repúdio ao Ato de Racismo e Intolerância Religiosa no Concurso Público de Belo Horizonte!

Viemos a público manifestar repúdio ao crime de racismo e racismo religiosocometido contra o professor Jonas de Souza Gonsalgo, militante do MES/PSOL e professor, no último domingo (dia 10), na Escola Estadual Presidente Dutra, localizada no bairro Horto, minutos antes da realização da prova do concurso público para professor da rede municipal de Belo Horizonte. […]

13 dez 2023, 14:39 Tempo de leitura: 2 minutos, 35 segundos
Nota de Repúdio ao Ato de Racismo e Intolerância Religiosa no Concurso Público de Belo Horizonte!

Viemos a público manifestar repúdio ao crime de racismo e racismo religioso
cometido contra o professor Jonas de Souza Gonsalgo, militante do MES/PSOL e professor, no último domingo (dia 10), na Escola Estadual Presidente Dutra, localizada no bairro Horto, minutos antes da realização da prova do concurso público para professor da rede municipal de Belo Horizonte.

Conforme seu relato, a aplicadora da prova além de o constranger, o expôs ao insinuar caluniosamente que ele estava escondendo alguma coisa em seu cabelo black power. Em seguida, quando se virou para passar pelo detector de metais, a mesma visualizou sua guia de Umbanda e logo em seguida disse: “Macumba? Estou fora!”. Exigimos que tanto a Fundação Getúlio Vargas, responsável pelo concurso, quanto a prefeitura de Belo Horizonte prestem toda assistência necessária ao companheiro Jonas, além de responder pelos crimes de racismo, conforme a Lei 14.532/2023.

A FGV enquanto banca organizadora deve não apenas uma retratação pública, se comprometendo a revisar seu processo seletivo de aplicadores e toda sua equipe, além de incluir ações de conscientização racial durante seus cursos de capacitação, não se eximindo da responsabilidade criminal que tem frente ao ocorrido. É inadmissível que a primeira orientação que uma vítima de racismo receba seja a de não registrar o boletim de ocorrência para não manchar a reputação da instituição e a sua própria. A prefeitura de Belo Horizonte também não pode lavar as mãos. Cabe à PBH buscar todas as formas de reparar a vítima e garantir que o caso seja tratado com a seriedade devida, bem como buscar medidas para impedir que o racismo continue sendo perpetuado em seus trâmites.

Infelizmente, o que ocorreu no concurso para professor em Belo Horizonte não é um caso isolado, é uma das manifestações da estrutura racista que se mantém através do sofrimento dos corpos de negras e negros no Brasil e da impossibilidade imposta às negras e negros do Brasil de ocupar os lugares que queremos. Não deve ser normalizada as condições sob as quais Jonas de Souza Gonsalgo teve de realizar uma prova tão importante.

Toda solidariedade ao companheiro Jonas!
Queremos justiça por Jonas!
Fogo nos racistas!

Assinam esta nota:

MES – Movimento Esquerda Socialista
Coletivo Juntos!
Coletivo Juntas!
TLS – Trabalhadores e Trabalhadoras em Luta pelo Socialismo
ATEAR – Associação Trabalho Educação e Arte
PSOL/MG
PSOL/BH
Afronte
CACS UFMG
CONEN
DCE UFMG
D.A UEMG Ibirité
D.A UEMG Design
Sara Azevedo
Iza Lourença

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